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Enviadas: Domingo, 30 de Outubro de 2011 12:12
Assunto: Leia - Resposta de uma professora à Revista Veja
     
      
 
 
 
 
  		 	   		   
De: clarice weber <clariceweber.cw@hotmail.com>
Para: bernardetepillon@yahoo.com.br; Alice weber <alice.wc@hotmail.com>; clarice weber <clalikes@yahoo.com.br>; Clisa <profe.clisa@yahoo.com.br>; cpers_36@hotmail.com; de Lima <afonsomoraisdelima@hotmail.com>; Edinara <edinaraleao@yahoo.com.br>; Élida Weber <elidawhensing@yahoo.com.br>; Elsbeth <elsbethleia@terra.com.br>; escola Pirapó <escolahs@yahoo.com.br>; esther <estherbrumchagas@hotmail.com>; giseli <gisele.bauer@gmail.com>; Joao Ilario Batista Chagas <comunidadeativa97fm@yahoo.com.br>; hugelia <hugelia@terra.com.br>; lurdes chagas <mbothchagas@yahoo.com.br>; Maria Haas <mariaheckhaas@hotmail.com>; marta engroff <mengroffs@yahoo.com.br>; martafsouza@ibest.com.br; Neiva Muenchen <neivakmuenchen@yahoo.com.br>; nilza schneider <nilzaschneider@hotmail.com>; prof fátima <proffatimars@yahoo.com.br>
Enviadas: Domingo, 30 de Outubro de 2011 12:12
Assunto: Leia - Resposta de uma professora à Revista Veja
 Posted: 28 Oct 2011 05:41 AM PDT
 Abaixo uma cópia da carta escrita por uma professora que  trabalha  no Colégio Estadual Mesquita à revista Veja.
Peço por favor, que repassem a todos que conhecem. Vale  a pena ler.
Sou  professora do Estado do Paraná e fiquei indignada  com a reportagem da  jornalista Roberta de Abreu Lima "Aula Cronometrada". É com  grande  pesar que vejo quão distante estão seus argumentos sobre as causas do  mau  desempenho escolar com as VERDADEIRAS razões que  geram este   panorama desalentador.
Não  há necessidade de cronômetros, nem de  especialistas  para diagnosticar  as falhas da educação. Há  necessidade de todos os que pensam que: "os  professores é que são incapazes de  atrair a atenção de alunos repletos  de estímulos e inseridos na era digital"  entrem numa sala de aula e  observem a realidade brasileira.
Que  alunos são esses "repletos de estímulos" que muitas  vezes não têm o  que comer em suas casas quanto mais inseridos na era digital? Em  que   pais de famílias oriundas da pobreza  trabalham  tanto que não têm como  acompanhar os filhos  em suas atividades  escolares, e pior em  orientá-los para a vida? Isso sem falar nas famílias  impregnadas pelas  drogas e destruídas pela ignorância e violência, causas essas  que  infelizmente são trazidas para dentro da maioria das escolas   brasileiras.
Está  na hora dos professores se rebelarem contra as  acusações que lhes são  impostas. Problemas da sociedade deverão ser resolvidos  pela sociedade e  não somente pela escola.
Não  gosto de comparar épocas, mas quando penso na minha  infância, onde pai  e mãe, tios e avós estavam presentes e onde era inadmissível  faltar  com o respeito aos mais velhos, quanto mais aos professores e não  cumprir  as obrigações fossem escolares ou simplesmente caseiras, faço  comparações com os  alunos de hoje "repletos de estímulos".
Estímulos  de quê?  De passar o dia na rua,  não fazer as tarefas, ficar em frente  ao computador, alguns até altas horas da  noite, (quando o têm),  brincando no Orkut, ou o que é ainda pior envolvidos nas  drogas. Sem  disciplina seguem perdidos na vida.
Realmente, nada está bom. Porque o que essas crianças e  jovens procuram é amor, atenção, orientação e disciplina.
Rememorando,  o que tínhamos nós, os mais velhos,   há uns anos atrás de estímulos?  Simplesmente: responsabilidade,  esperança, alegria. Esperança que se  estudássemos teríamos uma profissão,  seríamos realizados na vida. Hoje  os jovens constatam que se venderem drogas vão  ganhar mais. Para quê o  estudo? Por que numa época com tantos estímulos não  vemos olhos  brilhantes nos jovens? Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção de   somente brincar com os amigos,  de ir aos piqueniques, subir em   árvores?
E,  nas aulas, havia respeito, amor pela pátria..  Cantávamos o hino  nacional diariamente, tínhamos aulas "chatas" só na lousa e  sabíamos  ler, escrever e fazer contas com fluência.
Se  não soubéssemos não iríamos para a 5ª. Série.  Precisávamos passar pelo  terrível, mas eficiente, exame de admissão. E tínhamos  motivação para  isso.
Hoje,  professores "incapazes" dão aulas na lousa, levam  filmes, trabalham  com tecnologia, trazem livros de literatura juvenil para  leitura em  sala-de-aula (o que às vezes resulta em uma revolução),   levam alunos à  biblioteca e a outros locais educativos (benza, Deus, só  os mais  corajosos!) e, algumas escolas públicas onde a renda dos pais comporta,   até a passeios interessantes, planejados minuciosamente, como ir ao  Beto  Carrero.
E,  mesmo, assim, a indisciplina está presente, nada está  bom. Além disso,  esses mesmos professores "incapazes",  elaboram  atividades escolares  como provas, planejamentos, correções nos fins-de-semana,  tudo sem  remuneração;
Todos  os profissionais têm direito a um intervalo que  não é cronometrado  quando estão cansados. Professores têm 10 minutos de  intervalo, quando  têm de escolher entre ir ao banheiro ou tomar às pressas o  cafezinho.  Todos os profissionais têm direito ao vale alimentação, professor tem   que se sujeitar a um lanchinho, pago do próprio bolso, mesmo que  trabalhe 40  h.semanais. E a saúde? É a única profissão que conheço que  embora apresente  atestado médico tem que repor as aulas. Plano de  saúde? Muito  precário.
Há  de se pensar, então, que  são bem  remunerados... Mera ilusão! Por  isso, cada vez vemos menos profissionais nessa  área, só permanecem os  que realmente gostam de ensinar, os que estão  aposentando-se e estão  perplexos com as mudanças havidas no ensino nos últimos  tempos e os que  aguardam uma chance de "cair fora".Todos devem ter vocação para  Madre  Teresa de Calcutá, porque por mais que  esforcem-se em  ministrar boas  aulas, ainda ouvem alunos chamá-los de "vaca","puta", "gordos ",   "velhos" entre outras coisas. Como isso é motivante e temos ainda que  encontrar  forças para motivar. Mas, ainda não é tão grave.
Temos  notícias, dia-a-dia,  até de  agressões a professores por alunos.  Futuramente, esses mesmos alunos, talvez  agridam seus pais e  familiares.
Lembro  de um artigo lido, na revista Veja, de Cláudio de  Moura Castro, que  dizia que um país sucumbe quando o grau de incivilidade de  seus  cidadãos ultrapassa certo limite.
E  acho que esse grau já ultrapassou. Chega de passar  alunos que não  merecem. Assim, nunca vão saber por que devem estudar e  comportar-se na  sala de aula; se passam sem estudar mesmo, diante de tantas  chances, e  com indisciplina... E isso é um crime! Vão passando série após série,  e  não sabem escrever nem fazer contas simples. Depois a sociedade os  exclui,  porque não passa a mão na cabeça. Ela é cruel e eles já são   adultos.
Por  que os alunos do Japão estudam? Por que há  cronômetros? Os professores  são mais capacitados? Talvez, mas o mais importante  é  porque há  disciplina. E é isso que precisamos e não de  cronômetros.  Lembrando: o  professor estadual só percorre sua  íngreme carreira mediante cursos,  capacitações que são realizadas,  preferencialmente aos sábados.  Portanto, a grande maioria dos professores está  constantemente  estudando e aprimorando-se.
Em  vez de cronômetros, precisamos de carteiras  escolares, livros,  materiais, quadras-esportivas cobertas (um luxo para a grande  maioria  de nossas escolas), e de lousas, sim, em melhores condições e em maior   quantidade..
Existem  muitos colégios nesse Brasil afora que nem  cadeiras possuem para os  alunos sentarem. E é essa a nossa realidade!   E, precisamos, também,  urgentemente de educação para que tudo que for  fornecido ao aluno não  seja destruído por ele mesmo
Em  plena era digital, os professores ainda são obrigados  a preencher os  tais livros de chamada, à mão: sem erros, nem borrões   (ô, coisa  arcaica!), e ainda assim se ouve falar em cronômetros.  Francamente!!!
Passou  da hora de todos abrirem os olhos  e  fazerem algo para evitar uma  calamidade no país, futuramente. Os professores não  são culpados de uma  sociedade incivilizada e de banditismo, e finalmente, se os   professores  até agora  não responderam a todas as  acusações de serem  despreparados e  "incapazes" de prender a  atenção do aluno com aulas  motivadoras é porque não tiveram TEMPO.
Responder a essa reportagem custou-me metade do meu  domingo, e duas turmas sem as provas corrigidas.
Vamos fazer uma corrente via internet, repasse a todos  os seus! Grata
Vamos  começar  uma corrente nacional que pelo menos dê aos professores  respaldo legal quando um  aluno o xinga, o agride... chega de ECA que  não resolve nada, chega de Conselho  Tutelar que só vai a favor da  criança e adolescente (capazes às vezes de matar,  roubar e coisas  piores), chega de salário baixo, todas as profissões e pessoas  passam  por professores, deve ser a carreira mais bem paga do país, afinal os   deputados que ganham 67% de aumento tiveram professores, até mesmo os   "alfabetizados funcionais". Pelo amor de Deus somos uma classe com  força!!!  Somos politizados, somos cultos, não precisamos fechar  escolas, fazer greves,  vamos apresentar um projeto de Lei que nos  ampare e valorize a  profissão.
Vanessa Storrer  - professora da rede Municipal de Curitiba!
 
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